quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Democratização da universidade

 A universidade é composta por um corpo humano, denominado “Comunidade Acadêmica”. A comunidade acadêmica seria responsável por deliberar as ações que seriam executadas pela Administração Superior da Universidade, e que por ela – através de suas instâncias deliberativas – seriam cumpridas.
   Você: estudante, servidor(a) e professor(a), sabe das decisões que vêm sendo tomadas nesses espaços? Tem consciência da importância desses espaços? Provavelmente não!
         Os órgãos colegiados de centro, curso, comissões internas e conselhos universitários, além de atuarem na superfície da gestão, não são legítimos do ponto de vista da representação, pois lhes falta paridade e comunicação aberta e  permanente com a base. Se reduzem a espaços burocráticos, de disputa de poder, manutenção de cargos e interesses corporativistas 
     Os estudantes, mesmo sendo a maioria na Universidae, estão sempre em minoria nos espaços decisórios. Os procedimentos utilizados para participarem de colegiados de curso ou de centro ainda são a velha prática do “convite” ou da “indicação” do coordenador ou diretor, em grave desrespeito à autonomia de seus espaços organizativos e deliberativos.
    Por tudo isso, convocamos estudantes, professores e técnicos à LUTA PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA UESPI. Não movimentar-se favorece mandos e desmandos, continuísmo e autoritarismo. 

Venha Lutar por:
- Eleições diretas para Reitor, com voto universal;
- Paridade na composição dos órgãos colegiados e escolha democrática dos representantes;
- Participação nas discussões sobre o processo de elaboração e implementação do orçamento;
- Prestação de contas sobre atos administrativos e financeiros em linguagem clara e acessível;
- Abertura de canais de diálogo permanente entre os gestores e a comunidade acadêmica em geral;
- Consultas prévias sobre ações administrativas que impliquem alterações estruturais na Universidade, inclusive  criação ou extinção de cursos, contratações, mudanças em projetos pedagógicos e horários de funcionamento de cursos e setores internos;
- Criação de mecanismos que facilitem a democratização da relação entre universidade e sociedade, especialmente por meio da Extensão.

Assistência Estudantil

Assistência à moradia estudantil, à alimentação, auxílio transporte, à saúde, cultura, esporte, creche (para filhos de estudantes, professores e servidores) e apoio pedagógico. Essas são pautas de reivindicação de boa parte dos estudantes brasileiros e são estruturas básicas para algo que convidamos você a refletir agora: Assistência estudantil. Existe isso na UESPI?
   Oferecer assistência estudantil é oferecer condições de permanência dos estudantes na universidade. Porque não basta apenas oferecer vagas. É só observar nas nossas turmas a desistência de muitas pessoas antes de chegar ao final do curso. Por que eles desistiram? Por falta de restaurante universitário? Falta de transporte para ir às aulas? Falta de uma creche disponível para deixar seus filhos? Falta de condições para o estudante pesquisador? Falta de Residência Universitária para estudantes que são de outras cidades/estados?
   Os motivos podem ser vários, mas nem sempre aparentes. As dificuldades são sentidas no dia a dia de um estudante da UESPI, embora nem sempre consigamos apontar objetivamente quais são os causadores de tais transtornos.
   A UESPI sequer tem um restaurante universitário. O projeto existe, mas até hoje não houve Administração Superior que considerasse tal obra importante. Enquanto estudantes de outras instituições brigam por condições dignas em residências universitárias, a UESPI nem mesmo oferece o benefício. Faltam ainda bolsas-trabalho suficientes para a demanda. E as poucas existentes estão atrasadas há meses.
   Como garantir que a Universidade seja um ambiente de pesquisa, de descoberta, de produção de conhecimento e não da cópia, se ao estudante não é dada a possibilidade de vivenciar a universidade? Como garantir a própria extensão universitária como retorno a sociedade se o estudante não tem condições materiais de permanecia na instituição para desenvolver tais projetos? No final das contas a educação superior acaba se restringindo apenas ao ensino e, mesmo assim, muito a quem do desejado. 
    A assistência estudantil é um direito que cabe a todo estudante, porém não conseguiremos de braços atados. A história mostra que nenhum direito é concedido, e sim conquistado.

QUEREMOS: 
- Restaurantes universitários com preço de bandejão acessível e subsidiado; Isenção de cobrança para estudantes com pais de baixa renda
- Moradias Universitárias para estudantes de outros municípios.
- Mais e melhores bolsas-trabalho
- Assistência médica-odontológica gratuita
- Creches 

Autonomia Financeira

 A falta de verbas e autonomia de gestão financeira da UESPI é o centro da questão dos maiores problemas da nossa Universidade: estrutura inadequada, obras paradas, improviso de instalações de vários campi, acervo bibliográfico defasado, baixos salários de servidores e professores, terceirizações, estagiários e bolsistas sem “salários” há quatro meses...
   O resultado de tudo isso: uma precarização cada vez maior do ensino-pesquisa-extensão, que tem resultado em ameaça de fechamento de cursos em todo o Piauí, devido ao não reconhecimento por parte do Conselho Estadual de Educação, e reprovação em avaliações realizadas pelo MEC.
   A reitoria da UESPI esconde as finanças precárias da Instituição e não reclama do governo do Estado um tratamento justo, um orçamento anual digno, que garanta melhorias na Universidade e permita investimentos em novas estruturas e mais contratação de docentes e servidores, estes últimos, até hoje sem Plano de Cargos e Carreiras.
   É hora de exigir da reitoria e do governo do Estado uma atitude firme, de melhoria de recursos para o funcionamento da UESPI. O orçamento de 2011 está sendo elaborado. O Estado deve garantir, de imediato, o dobro de verbas e elaborar projeto de lei que garanta verbas suficientes e autonomia de gestão para a Universidade, como já foi feito em outros Estados brasileiros.
Que estrutura queremos:

- Bibliotecas equipadas, com acervo atualizado e local adequado para leitura e pesquisa
- Laboratórios funcionando com equipamentos e com apoio técnico especializado (servidores efetivos)
- Salas de aulas com climatização agradável
- Restaurantes Universitários, com preço de bandejão acessível e subsidiado; Isenção de cobrança para estudantes com pais de baixa renda
- Moradias Universitárias para estudantes de outros municípios.
- Espaços para cultura, esporte e lazer
- Auditórios
- Creches para atender filhos de estudantes, servidores e professores

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pra dizer que BASTA

                                                          

Para um estudante de baixa renda, a falta de um lugar para morar e de condições para se alimentar podem significar a desistência de cursar o ensino superior. Os que, apesar disso, ainda não desistiram, vêm passando por muitas dificuldades para cursar a graduação na UESPI.

Nossa instituição passa por uma situação quase insustentável. O governo grita aos quatro ventos que esta ampliando a universidade pública, que está aumentando o numero vagas, que esta proporcionando ao estudante carente a possibilidade de entrar em um curso superior, mas o que vemos como reflexo de tudo isso é uma ampliação desenfreada do numero de vagas sem oferecer o mínimo de estrutura para a manutenção desse estudante na universidade.

Enquanto em todo o país estudantes reivindicam melhorias nas residências e restaurantes universitários aqui na UESPI nós ainda reivindicamos que essas políticas de permanência sejam implantadas, um atraso ridículo para nossa história. É direito desses estudantes e dever do Estado garantir a sua formação, que passa pela garantia de moradia, alimentação, auxílio transporte. São políticas mínimas que deveriam viabilizar a todo estudante a permanência em seu curso, sem evasão.
                                        
É CHAGADA A HORA DE DAR UM BASTA EM TUDO ISSO.

A Universidade Estadual do Piauí - UESPI encontra-se numa situação alarmante, sem residência e restaurante universitário, que aumentam a evasão de estudantes vindos de outras cidades e/ou estados, dívidas de R$7 milhões herdadas da gestão anterior (o que não retira a responsabilidade da atual gestão, ainda mais quando temos um reitor que era da gestão anterior), falta professor efetivo, de salas de aula, de biblioteca digna e equipamentos laboratoriais, com 23 cursos denegados (suspensos) pelo Conselho Estadual de Educação, com isso já foram fechados cursos em Pedro II, Bom Jesus, Oeiras, Fronteiras, Luzilândia, Uruçuí, São João do Piauí e Curimatá, e os estudantes que já concluíram o curso correm ainda o risco de serem impedidos de exercer a profissão. Fora outros tanto problemas pontuais e específicos de alguns cursos desta IES.

A causa maior de toda essa situação é a falta de AUTONOMIA FINANCEIRA da Universidade, toda obra realizada na UESPI vem através de emendas parlamentares, que nós sabemos, a exemplo da biblioteca, atrasam muito nos repasses e na entrega.

CHEGA DE TANTO DESCASO – BASTA.
Queremos um ensino público, gratuito e de qualidade. DE QUALIDADE.
PELA  AUTONOMIA FINANCEIRA – Campanha S.O.S UESPI

Carta Convocatória para a Campanha S.O.S UESPI




A Universidade Estadual do Piauí encontra-se numa situação alarmante. Com o tripé universitário: ensino-pesquisa-extensão não sendo executado em consonância; com o quadro de professores não atendendo as conformidades de maioria dos professores efetivos; com péssima estrutura: o que vai de bebedouros, passa por salas de aulas, bibliotecas, restaurante universitário, salas para professores e centros acadêmicos, laboratórios; com cursos deixando de serem ofertados por não atenderem ao mínimo de estrutura possível; sem autonomia; entre tantas outras coisas pertinentes ao funcionamento de uma universidade que a UESPI sequer chegou a discutir.
Entendemos que a Universidade não se reduz à sala de aula, departamentos, estudantes, professores, técnicos e gestores. Trata-se de uma construção social que deve estar a serviço da sociedade; assim se realiza o seu caráter público!
Por isso lançamos um chamamento amplo à sociedade para que venha discutir a UESPI e apontar saídas para os graves problemas que enfrenta.
Pedimos a sua adesão à CAMPANHA S.O.S UESPI  e o seu comparecimento à AULA PÚBLICA que será realizada no DIA 20/09/2010; às 17:00h no cruzamento das Ruas João Cabral e Ceará (esquina da entrada lateral do Campus Poeta Torquato Neto).
            A Aula Pública é um ato simbólico e abordará três eixos de discussão: Autonomia Universitária, Democratização da Universidade e Assistência Estudantil. Para participarem do momento estão sendo convidados todos os setores da Universidade Estadual: estudantes, professores e servidores. Bem também como: Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos, Núcleos de pesquisa, Proprietários de pontos de vendas instalados na UESPI, Setores da Sociedade Civil Organizada e toda a Sociedade em geral.

Assinam esta carta:


 Associação dos Docentes da UESPI – ADCESP
Assembléia Nacional dos Estudantes Livre - ANEL
Centro Acadêmico de Comunicação Social - COMUNS
Centro Acadêmico de Direito - CAD
Centro Acadêmico de História - CAHIS


Coletivo ENECOS – PI
Coletivo Movimento dos Estudantes da UESPI - MEU
CORAJE – Corpo de Assessoria Jurídica Estudantil
Executiva Nacional dos Estudantes de Letras - EXNEL
Núcleo de Educação e Movimentos Sociais da Uespi